Foram realizadas, no último domingo 04/10, as eleições para o Conselho Tutelar em todo o País, inclusive em Guapimirim. Por ordem do número de votos foram eleitos: Daniel Péres, Márcia, Daniella Procópio, Edson Paixão e Cátia do Cabeludo, para mandato de quatro anos. O fato lamentável foi a politização da campanha para conselheiros. Além das suspeitas da utilização de métodos de compra e venda de votos, transporte de eleitores e outros, usualmente, praticados nas campanhas eleitorais municipais. A contagem de votos sofreu um atraso, causando impaciência nos presentes. De um modo geral, o desenrolar do dia foi razoável. As autoridades só precisam tomar cuidados porque nas próximas eleições o “modo operante eleitoral” será idêntico ao das campanhas municipais.
A Prefeitura de Guapimirim e o prefeito Marcos Aurélio continuam a produzir o mar de notícias ruins ou mar de lama. Desde o episódio de 05 de setembro de 2012 (Operação Os Intocáveis), quando o Ministério Público e a Polícia Civil descobriram um roubo de aproximadamente 48 milhões de reis dos cofres da Prefeitura, nunca mais Guapimirim deixou as páginas policiais da grande mídia do País. No dia 29/09/2015, voltamos às páginas policiais com o afastamento por improbidade administrativa do prefeito Marcos Aurélio Dias, herdeiro do grupo envolvido no escândalo de 2012. O prefeito foi afastado, mais reassumiu a cadeira logo em seguida no dia 05/10, via liminar. Sem falar que ficamos quase dois dias à deriva, sem prefeito, até o vice-prefeito assumir a cadeira por um dia e meio, isto porque não se conta o sábado e o domingo como dias úteis.
Acredite vocês, antes do seu afastamento por um breve intervalo, o prefeito Marcos Aurélio abriu sua “caixa de maldade” e deixou na mesa uma lista de demissões de contratados da PMG de aproximadamente 350 trabalhadores para o vice-prefeito assinar e assim se livrar do abacaxi, imputando a responsabilidade ao coitado do vice. A mesma manobra aconteceu por oportunidade das 960 demissões que ocorreram em maio deste ano quando o prefeito e sua equipe tentaram colocar a culpa das demissões dos trabalhadores contratados da PMG na Justiça local e no Ministério Público Estadual. Este caso dos atuais demitidos segue a mesma lógica: tentar imputar a responsabilidade a terceiros, ou seja, ao vice-prefeito. Parece que não aprenderam a lição. O total de trabalhadores demitidos da PMG no ano foi 1.310. O atual prefeito é “campeão em demissões”, mão de obra direta, que indiretamente chega a 3.930 pessoas.
O incrível mesmo foi, durante a sessão plenária do dia 05/10 da Câmara Municipal, alguns vereadores tentarem vender o peixe de que a culpa era do vice-prefeito. Estranho são os vereadores acompanharem um governo municipal que tem um altíssimo índice de reprovação e se encontra em estado terminal ou CTI. Qual será o encanto deste governo?
Como as coisas são ditas de maneira resumida e pouco clara na sessão plenária na CMG, a interpretação fica por conta de cada um. Portanto, acho que entendi o seguinte:
1- Foi aprovado, em regime de urgência, o projeto de Lei 730 que trata da nova composição da “Comissão Especial de Investigação” sobre o caso do mandado de busca e apreensão na PMG feito pelo MPE e do afastamento do prefeito. A composição passa a ser: vereadores Franklin Adriano, Magal e Oswaldo Pereira. Alguém acha que esta comissão vai concluir alguma coisa?
2- Na sessão plenária da semana passada (29/09) foi enviado pelo poder executivo (Prefeito) em regime de urgência para aprovação da CMG o projeto de Lei 1.099, que autoriza o poder executivo a contratar operação de “alienação de ativos” nos termos das resoluções 43/2011 e 02/2015 do Senado Federal. Não tenho certeza, mais acho que se trata de antecipação de pagamento de royalties do petróleo. Se isto for verdade, compromete as futuras gestões municipais eleitas em outubro de 2016, e o futuro do nosso povo.
Até breve!
Manoel Figueiredo
https://youtu.be/
https://www.facebook.com/manoel.figueiredo.1?ref=ts&fref=ts
0 comentários:
Postar um comentário
este espaço é SEU, mas por favor, use-o com inteligência. Não use palavras de baixo calão.